Internet na Educação



Para mim esta simples frase sintetiza o que falta à Internet na Educação.

“O potencial comunicativo da Internet precisa ser explorado, no sentido de fortalecer uma prática pedagógica dialogada, que negocia sentidos, que escuta e dá voz aos atores envolvidos no processo, criando oportunidades para o trabalho em rede e para o desenvolvimento da capacidade de cooperar, aprender, aceder e produzir conhecimento.”

Nós como educadores podemos aproveitar estes recursos disponibilizados pela Internet! Utilizando o trabalho colaborativo com os nossos alunos ou até mesmo com os nossos colegas de trabalho. Não devemos perder este comboio e aproveitar esta longa viagem  que ainda temos que percorrer.

Como refere Paulo Freire, "Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo; os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."


A importância dos media nos processos de aprendizagem


Os media vieram revolucionar todo o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que estimulam uma reflexão, além de crítica, participativa, estimulativa e apelativa aos alunos, pois são eles os detentores ávidos de comunicação. Todo e qualquer tipo de media desperta neles próprios a avidez de adquirir informação, conseguindo uma participação ativa e uma aprendizagem gratificante, desafiadora e produtiva, contribuindo significativamente para o processo ensino-aprendizagem. O papel do professor nunca poderá ser descurado, pois é sempre ele que proporciona o interesse, o prazer da descoberta e a aventura. É ele que facilita e incentiva a troca de experiências e a criatividade na sala de aula, facultando aos alunos, através dos media, uma maior motivação e prazer na aprendizagem.
O professor deve saber orientar a sua sala de aula ensinando os alunos a aprender e a assimilar a informação e não simplesmente despejá-la como se se tratassem de repositórios. O professor, através dos media, pode e deve utilizar variadas ferramentas com as quais diversifica o seu método de ensino. Por exemplo, não deve utilizar apresentações multimédia, tal como o PowerPoint ou o Prezi, sem incorporar imagens ou vídeos, de forma a captar a atenção dos alunos, permitindo uma maior retenção da informação recorrendo à memória visual, como também não pode utilizar apenas o vídeo pois arrisca-se a que o aluno tenha um papel passivo sendo um mero espectador.
De acordo com Trindade, os cinco media mais importantes são: a pessoa (através do contacto humano direto); o texto; o áudio; o vídeo e a informática. Este defende que os discursos mediáticos podem ser agrupados em quatro grandes grupos, de características próprias e atuando diferentemente nos processos de aprendizagem dos alunos, nomeadamente: scripto; áudio; vídeo e informo.
Nesta ordem de ideias, o discurso informo permite armazenar, tratar e processar informação. Apresenta caraterísticas dos outros discursos, apesar de não os substituir, tais como: elementos escritos, imagens fixas ou animadas e som, incluindo a voz humana digitalizada, com a vantagem de permitir ao utilizador modificar os dados.
Como a utilização da linguagem informo, para fins educativos, está cada vez mais ao alcance dos alunos o acesso é feito, com maior facilidade, aos materiais disponibilizados para a sua aprendizagem, utilizando o software de aplicação, como por exemplo, os processadores de texto, as folhas de cálculo, as enciclopédias interativas, os dicionários, os programas de tratamento de imagem, vídeo ou som. Por exemplo, os processadores de texto, permitem-nos criar texto no monitor idêntico a um texto numa folha de papel e, sendo possível posteriormente colocá-lo à disposição dos alunos na plataforma Moodle, Dropbox, correio eletrónico, entre outros.
Relativamente ao discurso vídeo, que pela sua riqueza, permite a transmissão de informação de uma forma muito completa, possibilitando ao destinatário maior retenção da informação através do recurso à memória visual, facilitando e complementando a aprendizagem.
Uma das caraterísticas das linguagens do discurso vídeo é a sua capacidade para disponibilizar uma ilustração ou um exemplo concreto de um princípio abstrato. Por exemplo, como explicar aos alunos o funcionamento da internet? Através da utilização da linguagem vídeo, com imagens animadas e som, relacionados aos conceitos que se pretende que os alunos aprendam, mais facilmente conseguimos que estes associem o abstrato ao real, pois apesar de nunca poderem ver esse acontecimento na realidade, dá-lhes uma vantagem evidente na aceleração da compreensão dos conceitos envolvidos.
Assim, ambos os discursos complementam-se na forma de passar ideias e ensinamentos aos alunos, sendo ferramentas muito úteis ao professor na sua atividade prática e educativa. Permite-lhe tornar a arte de ensinar numa tarefa aprazível não só a si próprio como também aos alunos.