Os media vieram revolucionar todo o
processo de ensino-aprendizagem, uma vez que estimulam uma reflexão, além de
crítica, participativa, estimulativa e apelativa aos alunos, pois são eles os
detentores ávidos de comunicação. Todo e qualquer tipo de media desperta neles
próprios a avidez de adquirir informação, conseguindo uma participação ativa e
uma aprendizagem gratificante, desafiadora e produtiva, contribuindo
significativamente para o processo ensino-aprendizagem. O papel do professor
nunca poderá ser descurado, pois é sempre ele que proporciona o interesse, o
prazer da descoberta e a aventura. É ele que facilita e incentiva a troca de
experiências e a criatividade na sala de aula, facultando aos alunos, através
dos media, uma maior motivação e prazer na aprendizagem.
O professor deve saber orientar a sua
sala de aula ensinando os alunos a aprender e a assimilar a informação e não
simplesmente despejá-la como se se tratassem de repositórios. O professor,
através dos media, pode e deve utilizar variadas ferramentas com as quais
diversifica o seu método de ensino. Por exemplo, não deve utilizar
apresentações multimédia, tal como o PowerPoint ou o Prezi, sem incorporar
imagens ou vídeos, de forma a captar a atenção dos alunos, permitindo uma maior
retenção da informação recorrendo à memória visual, como também não pode
utilizar apenas o vídeo pois arrisca-se a que o aluno tenha um papel passivo
sendo um mero espectador.
De acordo com Trindade, os cinco media
mais importantes são: a pessoa (através do contacto humano direto); o texto; o
áudio; o vídeo e a informática. Este defende que os discursos mediáticos podem
ser agrupados em quatro grandes grupos, de características próprias e atuando
diferentemente nos processos de aprendizagem dos alunos, nomeadamente: scripto;
áudio; vídeo e informo.
Nesta ordem de ideias, o discurso
informo permite armazenar, tratar e processar informação. Apresenta
caraterísticas dos outros discursos, apesar de não os substituir, tais como:
elementos escritos, imagens fixas ou animadas e som, incluindo a voz humana
digitalizada, com a vantagem de permitir ao utilizador modificar os dados.
Como a utilização da linguagem informo,
para fins educativos, está cada vez mais ao alcance dos alunos o acesso é
feito, com maior facilidade, aos materiais disponibilizados para a sua
aprendizagem, utilizando o software de aplicação, como por exemplo, os
processadores de texto, as folhas de cálculo, as enciclopédias interativas, os
dicionários, os programas de tratamento de imagem, vídeo ou som. Por exemplo,
os processadores de texto, permitem-nos criar texto no monitor idêntico a um
texto numa folha de papel e, sendo possível posteriormente colocá-lo à
disposição dos alunos na plataforma Moodle, Dropbox, correio eletrónico, entre
outros.
Relativamente
ao discurso vídeo, que pela sua riqueza, permite a transmissão de informação de
uma forma muito completa, possibilitando ao destinatário maior retenção da
informação através do recurso à memória visual, facilitando e complementando a
aprendizagem.
Uma das caraterísticas das linguagens
do discurso vídeo é a sua capacidade para disponibilizar uma ilustração ou um
exemplo concreto de um princípio abstrato. Por exemplo, como explicar aos
alunos o funcionamento da internet? Através da utilização da linguagem vídeo,
com imagens animadas e som, relacionados aos conceitos que se pretende que os
alunos aprendam, mais facilmente conseguimos que estes associem o abstrato ao
real, pois apesar de nunca poderem ver esse acontecimento na realidade, dá-lhes
uma vantagem evidente na aceleração da compreensão dos conceitos envolvidos.
Assim, ambos os discursos complementam-se
na forma de passar ideias e ensinamentos aos alunos, sendo ferramentas muito
úteis ao professor na sua atividade prática e educativa. Permite-lhe tornar a
arte de ensinar numa tarefa aprazível não só a si próprio como também aos
alunos.